PROFESSORES GRADUADOS COM O ENSINO A DISTÂNCIA SÃO DIFERENTES DOS GRADUADOS PRESENCIALMENTE? UMA ANÁLISE DO PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO, DA ESCOLARIDADE E DAS CONDIÇÕES LABORAIS

Dayane da Silva Rodrigues Souza

Resumo


Os cursos superiores realizados na modalidade a distância (EAD) têm formado profissionais de diversas áreas, inclusive da educação. O mercado tem absorvido esses novos profissionais, e, atualmente, cerca de 16% dos professores que atuam na educação básica brasileira são formados a distância. Muitos autores discutem as diferenças dos cursos a distância e presenciais, quanto a qualidade e eficiência, e levantam possibilidades sobre as questões profissionais que esses estudantes podem enfrentar após formados. Este artigo analisou as características relacionadas ao perfil sociodemográfico, escolaridade e condições trabalhistas dos professores em atuação no ensino básico, e verificou se elas se diferenciavam significativamente de acordo com a modalidade da formação superior dos docentes (a distância ou presencial). Para a consecução do objetivo proposto, os dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) de 2017 foram analisados através dos métodos de estatística descritiva, teste Qui-quadrado (c2), e do cálculo da razão de chance (Odds ratio). Os principais resultados indicaram diferenças significativas das variáveis entre os dois grupos do estudo, estas diferenças foram mais acentuadas em relação as características da escolaridade e das condições de trabalho, demonstrando que a modalidade do curso está associada a padrões de formação e as determinadas oportunidades de trabalho. 


Palavras-chave


Condições de trabalho. Modalidades de ensino. Formação de professores. Mercado de trabalho. Padrões de formação.

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ISSN - 1982-6109 - Qualis: A4 - Quadriênio 2017-2020