EDUCAÇÃO LITERÁRIA, INTERCULTURALIDADE E INCLUSÃO NO CHÃO DA ESCOLA
Resumo
O artigo apresenta reflexões acerca da educação literária na educação básica, a partir de uma perspectiva intercultural e inclusiva, buscando discutir os entraves para a formação de leitores/as literários/as no chão da escola. Procura-se analisar a formação do/da leitor/a literário/a frente aos impactos da pandemia e da utilização acrítica das novas tecnologias e da inteligência artificial, que ampliaram o distanciamento entre leitores/as e literatura. O objetivo é propor uma educação literária contracolonial em torno de três eixos, a saber: construção de repertório diverso e inclusivo, partilhas literárias em múltiplas expressões e suportes e, por fim, a prática de curadoria de diversos gêneros literários, a partir de cuidadoso estudo da realidade dos/das estudantes. A metodologia utilizada se desenvolveu a partir de ampla pesquisa bibliográfica, incluindo documentos normativos, indicadores de analfabetismo funcional, pesquisas sobre hábitos de leitura não apenas literária. As reflexões sustentam a necessidade de práticas interculturais para promover o letramento literário como experiência ética, estética e social. O estudo afirma que a literatura deve ser ensinada como ato estético e político, capaz de humanizar e conectar vozes plurais, romper com o pragmatismo e construir pontes entre as diferenças, consolidando a escola como espaço de liberdade, diálogo e transformação.
Palavras-chave
Educação literária. Interculturalidade. Inclusão. Práticas pedagógicas.